Coleção A Força da Floresta

As luminárias da Coleção estampam os Kenês, grafismos que representam de animais e elementos da natureza, em composição com a tecnologia contemporanea e acabamentos da La Lampe, uma das maiores empresas do setor no país | Rosenbaum + Fetiche + Nada Se Leva

KENÊS DE LUZ

A coleção a Força da Floresta tem 9 luminárias feitas com miçangas de vidro, material familiar ao artesanato indígena a partir do contato com o homem branco. As peças são frutos do encontro de um time de 6 designers com os 78 artesãos Yawanawá, do estado do Acre (Brasil), no coração da floresta amazônica.

As luminárias da Coleção trazem como estampas os Kenês, grafismos que representam de animais e elementos da natureza. A tradição é contraposta à tecnologia contemporânea e acabamentos da La Lampe, uma das maiores empresas do setor no país. A frente de trabalho foi coordenada pelos estúdios Rosenbaum®, Nada se Leva e Fetiche.

 

“Esses objetos apresentam-se como um manifesto, propondo uma nova forma de se relacionar com o fazer, o produzir e o consumir. É o resultado de uma aproximação que parte do imaterial, espiritual e respeito capazes de resgatar saberes.

Na mitologia Yawanawá, as araras levavam as mensagens de saudade e esperança através dos seus cantos. As luminárias agora assumem seu papel de mensageiras. Como as araras, cantam a esperança de um futuro mais humano para as relações, para as alianças e para um desenvolvimento profundo, com resgate das raízes ancestrais, trazendo a cura de uma memória baseada na exploração e na separação do TODO.

Esses objetos tem a função de comunicar e abrir o caminho para um movimento sistêmico de fazeres através dos contos passados de avô para pai, de pai para filho na tradição oral dos povos indígenas, antes única via de permanência de sua cultura.”

Marcelo Rosenbaum

 
 
(Jiboia G) Um dos animais mais sagrados e de maior sabedoria para os Yawanawá. Malha de miçangas com 2,20m de comprimento e 0,80m de largura com estampa em tons degradê de azuis, verdes e marrons, que representam as mirações recebidas pelos Yawanawá em rituais sagrados.
“A jibóia era o pajé de antigamente, ela vinha falar com a gente em sonho. Ela vinha como espírito nos ensinar a medicina da mata” (pajé Yawa, 100 anos)

(Jiboia P) Uma trave de Pupunha (madeira típica da região) esculpida a mão é o suporte deste Kenê de Luz. Onze Jibóias de miçangas de aproximadamente 1,20m penduradas nesta trave conferem a esta peça a atmosfera e o movimento da jibóia na floresta. A estampa simboliza a cabeça e o corpo da jibóia.

(Ninho do Japó) Nossa equipe de design resgatou junto aos artesãos uma técnica de trançado de miçanga, semelhante a uma rede para criar este Kenê de Luz. Um gigante cesto tramado de miçangas que sustenta 15 lâmpadas. Esta peça representa a lenda Nãwaruku que conta o início dos povos Nawá que nasceram através de uma flechada em uma maçã dentro de um cesto de palha, após essa flechada surgiram todos os povos com seus cocares, cada um representando um animal como os Yawanawá, Kaxinawá, Jaminawa, Kuntanawa, Puyanawa e Shanenawa.

(Cesto) Uma estrutura com traves de pupunha tem suas intersecções entrelaçadas por nós e uma delicada trama de miçangas feito a mão que suporta uma lâmpada. Este desenho representa o Kenê Borboleta que representa a transformação e o resgate de sua cultura ancestral.

(Floresta) Representação da floresta, da árvore sagrada, com suas nuances de cores nos tons de marrons e verdes que se aliam ao azul do céu em um conjunto de mais de 200 peças tramadas a mão. A união destes elementos forma a massa visual da Floresta Sagrada.

(Jacaré G e P) O Jacaré, representa, simultaneamente, a ponte e a separação dos povos do tronco linguístico Pano. Duas peças de tamanhos diferentes, os Jacarés KAPE e KAPEMIXTIHU (um grande e um pequeno), foram confeccionadas com tiras de Canarana, também utilizadas nas técnicas tradicionais de construções das moradias Yawanawá.

(Oca) Foram criadas duas peças majestosas e experimentais: o shuhu oval e o shuhu redondo, representando a casa tradicional Yawanawá, que faz parte da história, mas não faz mais parte da cultura atual. A estrutura é feita de canarana e palhas de envira, e buriti na cobertura das luminárias.

(Cocar) “O Cocar é o símbolo da nossa identidade indígena, não é enfeite, não é adorno, é a nossa conexão com o nosso criador” (Cacique Biraci). Eestrutura de cipó e palha, confeccionada por Vinnya, um dos responsáveis pelo movimento de resgate da cultura e da arte de fazer cocares.

FICHA TÉCNICA

Concepção e Direção
Marcelo Rosenbaum

Direção Executiva
Adriana Benguela

Design de Produto
Rosenbaum® – Marcelo Rosenbaum
Fetiche Design – Carolina Armellini e Paulo Biachi
Nada Se Leva – André Bastos e Guilherme Leite Ribeiro

Direção de Arte e Design Gráfico
Fabiana Zanin

Fotos Processo
Lucas Moura

Fotos Still
Thiago Calazans

Participação Especial dos Empreendedores
Marcilene Lusia Barbosa – AGT Várzea Queimada/PI
Geovane da Silva Melo – AGT Parque Santo Antonio/SP

Agradecimentos Especiais
Cacique Bira e todos os moradores das Aldeias Nova Esperança e Amparo

Artesãos
Aldelícia, Adelaide, Adriana, Alderina, Alice, Ana, Angela, Arlene, Baby, Bê, Birê, Bolinha, Chiquinha, Darico, Doutor, Elem, Elessandra, Eliana, Elzilene, Érica, Feia, Gleice, Ikashahu, Íria, Itelvina, Jael, Jana, João, João Felipe, Kana Maxi, Léia, Lia, Lilda, Mª Alzira, Macirlene, Márcia, Marilene, Matsa, Matxa, Miliana, Monaline, Nãynawa, Nii, Nizete, Odete, Ozelia, Piko, Quesia, Ronaldo, Rosiane, Salete, Samire, Shatxi, Shaya, Tabita, Tamires, Tayana, Nawashahu, Txuca, Vimi, Xauka, Ika, Lainara, Baxinha, Xoka, Tina, Chico, Celeste, Sandra, Luiz, Raquel, Xutu, Kashahu, Mukura, Kagao, Izael, Bada, Brasil, Txai Marco.

Apoio
La Lampe
Governo do Estado do Acre
SETUL – Secretaria de Estado de Turimo e Lazer do Acre

Agradecimentos aos parceiros
Marcos Lopes
Ana Bravo
Mariana Brunini
Renata Rocha
Gabriel Valdivieso
Felipe Milanez

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